sábado, 17 de janeiro de 2015

Leucismo em aves





As alterações da coloração das penas nas aves silvestres não são frequentes em aves selvagens, contudo, estão referenciadas muitíssimas espécies com este tipo de anomalia. A maioria destas anomalias são causadas por uma mutação genética, embora estejam reconhecidas outras causas que podem provocar este tipo de anomalias, como deficiências alimentares ou descoloração provocada pela luz. Existem vários tipos de anomalias genéticas que podem provocar alterações na cor da plumagem, entre as quais o albinismo, leucismo, esquizocroísmo e melanismo.


O leucismo caracteriza-se pela falta total ou parcial de pigmentos (melania) na plumagem resultante de uma condição genética que afeta a transferência e acumulação de pigmentos nas células das penas das aves. As aves com leucismo apresentam penas sem cor (brancas) em qualquer parte do corpo, podem ser observados indivíduos com diferentes percentagens de penas brancas (leucismo parcial) ou indivíduos totalmente brancos (leucismo total).


O grau de leucismo é condicionado pelo “timming” da mutação durante a embriogénese, ou seja, quanto mais cedo acontecer esta mutação maior será a percentagem de leucismo.


Contrariamente ao leucismo que é provocado geneticamente pela falta transferência e acumulação de melanina (embora haja produção), o albinismo é provocado geneticamente pela mutação de genes que codificam as enzimas produtoras de melanina (não há produção), resultando na ausência congénita de melanina em todo o corpo, nomeadamente nas penas, olhos e pele.


A diferença das aves albinas e as com leucismo, é que estas últimas apresentam pigmentação “normal” nos olhos e pele, assim como uma capacidade de visão normal pelo que tendem a viver mais que as com albinismo.


2 comentários:

Manuela Marques disse...

Óptima publicação! Aprendi sobre o assunto.

Paulo Barros disse...

Cara Manuela,
Obrigado por seguir o nosso blog e ficamos contentes por sermos uteis.

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