segunda-feira, 22 de setembro de 2014

'Põe ovos', voa e não tem penas....

As Libélulas passam a parte inicial do seu ciclo de vida dentro de água, em diversos habitats aquáticos, por períodos que podem ir de vários meses a alguns anos. Todos os seres vivos com esta estratégia no seu ciclo biológico são denominados Anfíbios, (do grego Amphi = ambos, e Bio = vida, isto é, vivem em ‘ambos os meios’ ou têm uma ‘vida dupla’). A larva muda de pele (exosqueleto) várias vezes para poder crescer e quando atinge o tamanho final, na época favorável (que geralmente corresponde ao início da primavera), deixa da água, faz uma última ‘muda de pele’, expandindo o seu abdómen e as suas asas, assumindo a sua forma adulta definitiva. Este processo é conhecido como emergência.

É durante esta fase de adulto, geralmente denominada como fase de voo que se dá o acasalamento. O macho produz o sémen na extremidade do abdómen e transfere-o para a genitália secundária situada na base do abdómen, através do qual é passado para a fêmea. Os ovos só são fertilizados durante a sua postura, o que possibilita a intervenção de outros machos oportunistas, que poderão copular com a fêmea entretanto e remover o esperma do rival. Isto explica porque na maioria das vezes se podem ver os machos a voar sobre as fêmeas ou mesmo ‘agarrados’ a ela, durante a postura, para a guardar.
As posturas podem ser feitas directamente sobre a superfície da água, no substracto húmido das margens de ambientes aquáticos ou na vegetação aquática. A fêmea coloca assim os ovos que são expelidos pelo ovopositor, órgão situado na extremidade do abdómen.

A Libélua anelada - Cordulegaster boltonii – uma das espécies da fauna portuguesa, ocorre em ribeiras e rios de pequenas dimensões em áreas florestadas.




Cordulegaster boltonii (macho)


A fêmea desta espécie faz as posturas geralmente no substracto das margens dos cursos de água, num característico movimento vertical:

Fêmea registada na zona montante do rio Sabor.

sábado, 6 de setembro de 2014

Dados soltos



Mapa de observações e riqueza por quadricula (10X10Km)
 
O WebSIG do nosso blog tem informação de presença de morcegos para 101 quadrícula (10X10KM), que representa cerca da 10% da totalidade das quadrículas existentes no nosso território Continental. Estes dados resulta da contribuição de registos (observação direta e registos acústicos) quer dos membros deste blog, quer de informação enviada pelos nossos leitores (aos quais aproveitamos para agradecer). A espécie mais observada é o Pipistrellus pipistrellus com presença confirmada em 63 quadrículas, seguida do Pipistrellus kuhlii, Rhinolophus ferrumequinum, Myotis daubentonii e Tadarida teniotis com presença confirmada em mais de 30 quadrículas.
Se tem interesse ou curiosidade em visualizar as observações por espécies, basta selecionarem a espécie através do “scroll” que está de baixo da entrada “Mapa de Observações de Morcegos” na barra lateral deste Blog.

 Número de quadrículas com a presença das diferentes espécies