Em Portugal o
morcego-rato-grande (Myotis myotis) é uma espécie colonial, de
ocorrência mais frequente no norte e centro do nosso País.
È um espécie
eminentemente cavernícola, podendo ocasionalmente utilizar edifícios.
A
particularidade desta espécie é que uma das poucas espécie europeias
especializada em predação epigeica de invertebrados não voadores, que captura
no solo em campo aberto.
A sua dieta é
composta por aproximadamente 80% de invertebrados da Ordem dos Coleoptera (Carabidae, Silphidae, Cerambycidae, Curculionidae
e Scarabaeidae) e os restantes 20% por insetos da Ordem dos Lepidoptera,
Diptera, Chilopoda e Araneae.
Esta espécie
quando caça, voa a 30-70 cm acima do solo (ou superfície de caça), localizando
as suas presas, não por ecolocalização como a maioria dos morcegos da nossa
funa, mas pela audição do barrulho que os próprios insetos fazem.
As suas asas largas
são uma adaptação morfológica evolutiva neste tipo de caça, que lhes permite
após a localização das presas pairar durante 2-5 segundos para preparar o
ataque e capturar a presa no solo, um comportando muito típico de algumas aves
de rapinas como por exemplo o peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus).
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