sábado, 11 de agosto de 2012

De volta às capturas!


Depois de um período sem capturar em Portugal devido ao cumprimento da cláusula imposta pelo ICNB na emissão da licença de captura, que proíbe as capturas entre o período compreendido entre 1 de Junho e 20 de Julho, período coincidente com o período de nascimento e de dependência das crias (ver ultimo parágrafo deste post) e volvido da Galiza onde participei num Campo de Trabalho Científico organizado pela Sociedade de Mamalogia Holandesas e pela Drosera (Associação de Investigação e Conservação do Meio Natural Galego), voltei às sessões de capturas em território Português.

Desta vez decidi rumar até terras de Basto, mais concretamente a Cabeceiras de Basto!

Embora a envolvente não fosse promissora (monocultura de pinheiro-bravo jovem), o ponto de água situado a 760 m de altitude era perfeito para capturar morcegos, pois apresentava as características ótimas (VER ESTE POST).

Após a primeira hora algo sossegada, foi possível capturar quatros espécies diferentes (Plecotus auritus, Eptesicus serotinus, Myotis escalerai e Pipistrellus kuhlii) de um total de 16 indivíduos (mais duas recapturas).







Neste momento as capturas em Portugal estão interditas entre 1 de Junho e 20 de Julho de modo a salvaguardar o período mais sensível da reprodução dos morcegos, contudo e embora este período seja bastante alargado, em Espanha (Galiza a 100km de Portuga) no final de Julho e início de Agosto ainda estavam fêmeas prenhes e os Rhinolophus hipposideros ainda estavam com as crias penduradas no ventre. Aqui em Portugal (Norte), ontem apanhei um Eptesicus serotinus prenhe (que libertei de imediato). Tudo isto para dizer que quando impomos períodos em fenómenos ecológicos que depende fortemente do meio e das condições ambientais podemos ter situações como estas. Estamos em pleno Agosto a ainda temos morcegos em reprodução (pelo menos no Norte), muito provavelmente pelas chuvas e frio tardio que se fez sentir este ano!

3 comentários:

Ricardo Silva disse...

que tanque magnifico para o anfíbio. Se lá estivesse não descansava enquanto não espetasse os braços dentro desse tanque.

Paulo Barros disse...

Sim Ricardo o tanque era optimo também para anfíbios, vi pelo menos larvas de rã verde, sapo-parteiro, tritão (os dois)e salamandra, e adutos de tritão (os dois) e salamandra.

Xabier Prieto Espiñeira disse...

Boas, Paulo:

Buf, buf,.. moitas pias (tanques)coma essa tenho prospectado, na procura de hérpetos para o Atlas galego.... Manuel Arzua (a quem provávelmente conhecerás polo assunto dos morcegos) foi um companheiro de moitas dessas saídas.

Parabéns polo blogue. Sen dúvida que é umha temática fascinante a dos morcegos e demais bicharia nocturna. Qué difícil deve ser estudá-la...

Umha aperta

Enviar um comentário