Depois de um período sem
capturar em Portugal devido ao cumprimento da cláusula imposta pelo ICNB na
emissão da licença de captura, que proíbe as capturas entre o período compreendido
entre 1 de Junho e 20 de Julho, período coincidente com o período de nascimento
e de dependência das crias (ver ultimo parágrafo deste post) e volvido da
Galiza onde participei num Campo de Trabalho Científico organizado pela
Sociedade de Mamalogia Holandesas e pela Drosera (Associação de Investigação e Conservação
do Meio Natural Galego), voltei às sessões de capturas em território Português.
Desta vez decidi rumar
até terras de Basto, mais concretamente a Cabeceiras de Basto!
Embora a envolvente não
fosse promissora (monocultura de pinheiro-bravo jovem), o ponto de água situado a 760 m de altitude era
perfeito para capturar morcegos, pois apresentava as características ótimas (VER
ESTE POST).
Após a primeira hora
algo sossegada, foi possível capturar quatros espécies diferentes (Plecotus auritus, Eptesicus serotinus,
Myotis escalerai e Pipistrellus
kuhlii) de um total de 16 indivíduos (mais duas recapturas).
Neste momento as
capturas em Portugal estão interditas entre 1 de Junho e 20 de Julho de modo a
salvaguardar o período mais sensível da reprodução dos morcegos, contudo e
embora este período seja bastante alargado, em Espanha (Galiza a 100km de
Portuga) no final de Julho e início de Agosto ainda estavam fêmeas prenhes e os
Rhinolophus hipposideros ainda estavam
com as crias penduradas no ventre. Aqui em Portugal (Norte), ontem apanhei um Eptesicus serotinus prenhe (que libertei
de imediato). Tudo isto para dizer que quando impomos períodos em fenómenos
ecológicos que depende fortemente do meio e das condições ambientais podemos
ter situações como estas. Estamos em pleno Agosto a ainda temos morcegos em
reprodução (pelo menos no Norte), muito provavelmente pelas chuvas e frio
tardio que se fez sentir este ano!
3 comentários:
que tanque magnifico para o anfíbio. Se lá estivesse não descansava enquanto não espetasse os braços dentro desse tanque.
Sim Ricardo o tanque era optimo também para anfíbios, vi pelo menos larvas de rã verde, sapo-parteiro, tritão (os dois)e salamandra, e adutos de tritão (os dois) e salamandra.
Boas, Paulo:
Buf, buf,.. moitas pias (tanques)coma essa tenho prospectado, na procura de hérpetos para o Atlas galego.... Manuel Arzua (a quem provávelmente conhecerás polo assunto dos morcegos) foi um companheiro de moitas dessas saídas.
Parabéns polo blogue. Sen dúvida que é umha temática fascinante a dos morcegos e demais bicharia nocturna. Qué difícil deve ser estudá-la...
Umha aperta
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