O
morcego-de-peluche (Miniopterus schreibersii)
é a espécie europeia de morcegos que forma colónias mais compactas, uma colónia
com um metro quadrado pode ter 2000 indivíduos!
Colónia de Miniopterus schreibersii
Nas
grandes colónias de hibernação de morcego-de-peluche, os indivíduos que se
encontram no centro da colónia tem temperaturas corporais mais elevadas do que
os indivíduos da periferia, que em alguns caso pode atingir diferenças de 5ºC.
De modo a poderem controlar a sua temperatura corporal os indivíduos vão-se
movendo do centro da colónia para a periferia, com a finalidade de baixarem as
temperatura corporal e poderem continuar em torpor. Estas movimentações dentro das
colónias/aglomerados de indivíduos não é único no mundo animal, os pinguins
também o fazem, mas com propósitos contrários, movem-se da periferia para o
interior para se resguardarem do frio e manterem a temperatura corporal.
Colónia de pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri)
A
compactação de Miniopterus schreibersii nas
colónias é de tal ordem que a melhor forma de se movimentar é mover-se por cima
da colónia, na ausência de locais de suspensão, que normalmente são as
rugosidade e reentrâncias do teto do abrigo, esta espécie, além de usar os
polegares e patas para se agarrar aos outros morcegos também usa a boca, mordendo
os seus companheiros e o mais extraordinário é que os outros morcegos (aqueles
que estão parados) também o ajudam, mordendo-o
(agarrando-o) também, evitando assim que caia ao chão.
Morcego-de-peluche, abocanhando uma morcego que se move para a perifiria da colónia. Foto de © Luís Braz
Cada
vez que vejo este comportamento faz-me lembrar os moches dos concertos de rock…
mas de patas para o ar.
Moche de James Blunt. Foto de © Chris Jackson
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