domingo, 6 de dezembro de 2015

O ângulo dos Myotis “pequenos”

À exceção de um número restrito de espécies (talvez o Hypsugo savii, Barbastella barbastellus, Miniopterus schreibersii e do Tadarida teniotis) que poderão ser identificados apenas por uma característica morfológica, as restantes espécies que temos no nosso Território Continental, devido a sua similitude com uma ou várias espécies, requerem uma atenção mais cuidada e têm que ser identificadas através da combinação de várias características e por vezes comportamento. Esta identificação torna-se mais difícil na época de hibernação, quando por vezes, a única coisa que vimos é um pedaço de nariz, orelha, uma forma coberta de gotículas ou um morcego a vários metros de altura. Além do que nesta época especifica, a perturbação deve ser mínima, pelo que a permanência num abrigo e a utilização de luz e flash dever a restringida ao estritamente necessário.
 Myotis daubnetonii

 Plecotus austriacus

 Myotis daubentonii

Myotis emarginatus

Tal como tudo na vida, a preparação antecipada é vital para o sucesso, assim, estando-se a aproximar a época de monitorização de inverno, o pó dos guias de identificação morfológica e toda a informação sobre a identificação de morcegos deve ser revista, para que na altura certa estejamos preparados para a identificação "daquele bicho".
Em particular, os Myotis mais pequenos são os mais “chatos” de identificar, quantas vezes, não escrevemos na ficha de campo: “Myotis pequeno” ou “Myotis sp”. Deste grupo os mais comum em abrigos subterrâneos no nosso País são os Myotis emarginatus, daubentonii e escalerai. Assim deixo aqui uma característica morfológica que poderá contribuir e ou ajudar na sua identificação, consistindo no ângulo formado entre as orelhas tendo como vértice a ponta do nariz. 
De cima para baixo: Myotis emarginatus, Myotis daubentonii e Myotis escalerai

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