À exceção de um número restrito de espécies (talvez o Hypsugo savii, Barbastella
barbastellus, Miniopterus
schreibersii e do Tadarida teniotis) que poderão ser identificados apenas por uma característica morfológica, as
restantes espécies que temos no nosso Território Continental, devido a sua
similitude com uma ou várias espécies, requerem uma atenção mais cuidada e têm
que ser identificadas através da combinação de várias características e por vezes comportamento. Esta
identificação torna-se mais difícil na época de hibernação, quando por vezes, a
única coisa que vimos é um pedaço de nariz, orelha, uma forma coberta de
gotículas ou um morcego a vários metros de altura. Além do que nesta época
especifica, a perturbação deve ser mínima, pelo que a permanência num abrigo e
a utilização de luz e flash dever a restringida ao estritamente necessário.
Myotis daubnetonii
Plecotus austriacus
Myotis daubentonii
Myotis emarginatus
Tal como
tudo na vida, a preparação antecipada é vital para o sucesso, assim, estando-se
a aproximar a época de monitorização de inverno, o pó dos guias de
identificação morfológica e toda a informação sobre a identificação de morcegos
deve ser revista, para que na altura certa estejamos preparados para a
identificação "daquele bicho".
Em particular, os Myotis mais pequenos são os mais “chatos” de identificar, quantas vezes, não escrevemos na ficha de
campo: “Myotis pequeno” ou “Myotis sp”. Deste grupo os mais comum em
abrigos subterrâneos no nosso País são os Myotis
emarginatus, daubentonii e escalerai. Assim deixo aqui uma
característica morfológica que poderá contribuir e ou ajudar na sua
identificação, consistindo no ângulo formado entre as orelhas tendo como
vértice a ponta do nariz.
De cima para baixo: Myotis emarginatus, Myotis daubentonii e Myotis escalerai
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