domingo, 23 de outubro de 2011

Anfíbios e estradas!

A mortalidade de animais nas estradas constitui um dos impactes visíveis e do conhecimento geral. Para as pessoa que como eu, fazem pelo menos 100Km diários de estrada estes acontecimentos são muito frequentes e quase diários, independentemente da maior dos percursos serem os mesmos.

Para o “comum mortal” a mortalidade de carnívoros com estatuto de conservação mais elevado como por exemplo o lobo-ibérico (Canis lupus signatus) ou o lince-ibérico (Linx pardinus), é uma perda insubstituível, de tal forma que a projecção de vias de comunicação em área de ocorrência desta espécies têm sempre em consideração medidas de minimização e/ou compensação para estas espécies.

O principal problema da aplicação de medidas de minimização de mortalidade de anfíbios em estradas, é a dificuldade que os Estudos de Impacte Ambiental (EIA), têm em identificar os corredores ecológicos (corredores migratórios) deste grupo faunístico, sendo que apenas depois das vias de comunicação estarem em exploração é que são identificados os “pontos negros” (locais onde a via de comunicação cruza o corredor de migração), momento temporal e processual em que é muito difícil aplicar qualquer medida de minimização e/ou compensação.

A Pós-avaliação de projectos de vias de comunicação, seria uma das ferramentas que poderiam minimizar um impacte que não foi possível identificar em processo de AIA.

As primeiras chuvas de Outono são propícias à ocorrência de migrações da grande parte dos Anfíbios.

ESTEJA ATENTO! DIMINUA A VELOCIDADE E EVITE ATROPELAR ESTES ANIMAIS!

 Alytes obstetricans, Lagoa (Macedo de Cavaleiros)

 Bufi bufo, Castro Vicente (Mogadouro)

 Bufo calamita, Brunheda (Carrazeda de Ansiães)

 Hyla arborea, Mogadouro (Modadouro)

 Pelobates cultripes, Duas Igrejas (Miranda do Douro)

 Salamandra salamandra, Cova da Lua (Bragança)

 Triturus marmoratus, Presandães (Alijó)

Sem comentários:

Enviar um comentário