sábado, 25 de novembro de 2017
domingo, 22 de outubro de 2017
Tempo de lavar os sacos
O
bom tempo está acabar e a atividade dos morcegos está a diminuir cada vez mais e
mais rapidamente, até entrarem em hibernação. Em modo de encerramento da época
de capturas, faremos uma curtíssima resenha sobre os trabalhos de capturas realizados
este ano.
Assim,
foram amostradas 13 quadrículas UTM 10X10 (4 das quais novas quadrículas
amostradas), distribuídas por 8 concelhos, desde Bragança a Castanheira de Pêra
que permitiram capturar 17 espécies:
Rhinolophus euryale
Rhinolophus hipposideros
Myotis bechsteinii
Myotis blythii
Myotis emarginatus
Myotis escalerai
Myotis myotis
Myotis mystacinus
Pipistrellus kuhlii
Pipistrellus pipistrellus
Pipistrellus pygmaeus
Hypsugo savii
Nyctalus leisleri
Eptesicus serotinus
Barbastella barbastellus
Plecotus auritus
Plecotus austriacus
Pipistrellus kuhlii
Nyctalus leisleri
Barbastella barbastellus
Nyctalus leisleri
Myotis mystacinus
Myotis daubentonii
Barbastella barbastellus
Miniopterus schreibersii
domingo, 1 de outubro de 2017
Porque é que os morcegos dormem de cabeça para baixo?
Quando se fala sobre morcegos como os mais pequenotes, uma das perguntas mais frequente é:
Porque é que os morcegos dormem de cabeça para baixo?
De
facto, para os humanos dormir de cabeça para baixo é incompreensível. Então qual
é a principal razão pela qual estas criaturas optaram por passar o dia dormindo
de cabeça para baixo e passarem todo o inverno nesta postura? A principal razão
é para diminuir a possibilidade de predação, esta posição é uma estratégia evolutiva que permite escolher locais altos ou pouco acessíveis onde os predadores terrestres não são
capazes de aceder. Esta postura tem outras vantagens para evitar predação, entre as quais, poderem entrar em voo muito rapidamente, visto que estando em locais altos,
apenas têm que se deixar cair para entrarem em voo.
Outra
pergunta que a pequenada faz é: eles não se cansam de estarem pendurados de
cabeça para baixo?
Contrariamente
à grande maioria dos animais, incluindo os seres humanos, que temos que fazer
força para fechar as extremidades dos nosso membros, os tendões dos morcegos
sofreram adaptações de tal maneira que a postura de estarem pendurados não
requer qualquer gasto de energia ou força, já que o seu próprio peso faz como
que a exterminada dos dedos dos pés fechem por intermédio de um tendão adaptado
para o efeito. Deste nodo, a postura de pendurado de cabeça para baixo não
requer qualquer contração muscular e esta adaptação é tão eficaz, que muitas vezes são encontrados morcegos mortos nesta posição.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Anilhagem de morcegos
É reconhecido que a anilhagem de morcegos é um método largamente utilizado em todo o mundo e que tem como objetivo geral o estudo de populações a longo prazo e de migração. Veja-se aqui este exemplo de Migração de Pipistrellus nathusii, alguns dados de anillagem em Portugal ou dados pontuais de migração regional do Miniopterus schreibersii no Norte de Portugal. Assim a anilhagem pode ser utilizada para estudos de movimentação espacial, dispersão, longevidade ou estrutura social, já que esta técnica permite uma identificação inequívoca do individuo, premissa essencial neste tipo de estudos.
Contudo, a aplicação desta técnica, requere um conjunto de premissas fundamentais, nomeadamente anilhas adequadas e fornecidas por uma organização nacional ou internacional que congregue a informação da anilhagem numa base de dados para futura consulta, licença emitida pela entidade competentes para os devidos efeitos e um objetivo concreto ao qual se destina a anilhagem.
Uma das espécies mais anilhadas, quer pela sua característica migratória e quer pela tipologia de abrigos que utiliza é o Miniopterus schreibersii.
E umas das técnicas de captura mais adequadas a este tipo de espécie (cavernícolas) é a captura através de armadilhas de harpa, que consistem em painéis (simples, duplos ou triplos) de monofilamentos verticais, nos quias os morcegos embatem e são recolhidos e acondicionados numa bolsa de plástico, que devido a sua superfície lisa, impede que os morcegos possam subir e sair da bolsa.
.
sábado, 19 de agosto de 2017
Espécie com Informação Insuficiente (DD)
Um taxon considera-se com Informação
Insuficiente (DD) quando não há informação adequada para fazer una avaliação
direta o indireta de seu risco de extinção, com base na sua distribuição e/ou estado
da sua população. Um taxón incluído nesta categoria pode estar muito bem
estudado e a sua biologia ser bem conhecida, mas se faltarem dados adequados
sobre a sua distribuição e/ou abundância, não poderão ser incluídos em nenhuma
categoria senão esta.
A classificação de um taxon
nesta categoria, indica que é necessário mais informação e que seja reconhecido
que a investigação futura aporte uma classificação diferente que poderá ser de
conservação desfavorável ou não.
Deste modo é necessário fazer uso
de toda a informação disponível. Das 25 espécies registadas para Portugal
Continental 9 estão classificadas com Informação Insuficiente (DD).
Em 2010 apresentamos um Poster no
congresso SECEMU com os dados recolhidos à data sobre estas espécies, os
resultados eram os seguintes:
Barbastella barbastellus – registo em 8 quadrículas 10X10 UTM
Hypsugo savii – registo em 12 quadrículas 10X10 UTM
Myotis emarginatus – registo em 3 quadrículas 10X10 UTM
Myotis mystacinus – registo em 3 quadrículas 10X10 UTM
Nyctalus leisleri – registo em 9 quadrículas 10X10 UTM
Nyctalus noctula – registo em 1 quadrículas 10X10 UTM
Nyctalus lasiopterus – sem registo
Plecotus auritus – registo em 5 quadrículas 10X10 UTM
Tadarida teniotis - sem registo
Passados quase 7 anos este são os
novos dados.
Todas estes dados estão disponível
no nosso blog, para isso basta selecionarem a espécie através do “scroll” que está de baixo da entrada “Mapa de Observações de Morcegos” na
barra lateral deste Blog.
Barbastella barbastellus
Mapa de registos de Barbastella barbastellus
Hypsugo savii
Mapa de registos de Hypsugo savii
Myotis emarginatus
Mapa de registos de Myotis emarginatus
Myotis mystacinus
Mapa de registos de Myotis mystacinus
Nyctalus leisleri
Mapa de registos de Nyctalus leisleri
Nyctalus noctula
Mapa de registos de Nyctalus noctula
Nyctalus lasiopterus
Mapa de registos de Nyctalus lasiopterus
Plecotus auritus
Mapa de registos de Plecotus auritus
Tadarida teniotis
Mapa de registos de Tadarida teniotis
domingo, 16 de julho de 2017
terça-feira, 13 de junho de 2017
Mães & crias
Myotis myotis fêmea com cria recém nascida debaixo do patágio
O fator que mais influencia o ciclo reprodutivo dos morcegos são as condições meteorológicas, diretamente essências para o desenvolvimento mais rápido das crias e na disponibilidade de presas durantes a gestação, de modo a garantir um desenvolvimento adequado do embrião. Para tal, os morcegos nas zonas temperadas dão à luz durante o período de final de Primavera e Verão.
Duas fêmeas de Rhinolophus ferrumequinum com uma cria cada
3 crias de Rhinolophus ferrumequinum
As fêmeas de morcego desenvolveram uma característica fisiológica, de modo a sincronizar o desenvolvimento embrionário e das crias com a maior disponibilidade de alimento. Embora as cópulas sejam realizadas no final do Verão início de Outono, elas têm a capacidade de atrasar a fertilização, armazenado o esperma ou atrasando a implantação do ovo no útero.
Colónia mista de criação de Myotis emarginatus e Rhinolophus ferrumequinum e hipposideros
Normalmente as crias de morcegos nascem relativamente indefesas, contudo o seu tamanho é relativamente grande, quando comparados com outros mamíferos, já que podem nascer como 1/5 a 1/3 do tamanho das mães. Os primeiros dias de vida das crias são passados agarrados à mãe, e ao contrário dos humanos e da maioria dos outros mamíferos, nascem já com dentes.
Fêmea e cria de Rhinolophus hipposideros
As crias de morcegos têm um desenvolvimento muito rápido e ao fim dois meses estão totalmente emancipados.
Pequena colónia de criação de Rhinolophus hipposideros
Subscrever:
Mensagens (Atom)