Quando identificamos morcegos (e em muitos
outros grupos faunísticos) morfologicamente, às vezes, é necessário recorre-mos
a pormenores. O caso dos Pipistrellus é um deles, quando se trata de um macho, umas
das características que nos pode ajudar é a típica linha pálida que divide longitudinalmente
o pénis do Pipistrellus pipistrellus.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Branco & preto
Foto de Luís Moreira
A gineta (Genetta genetta L., 1758) é uma espécie
nativa de Africa e é a única espécie da família dos Viverridae presente na
Europa, com um tamanho semelhante a um gato, corpo esguio, patas curtas e cauda
mais longa que o corpo, pode ser observada facilmente em habitats propício em
toda a Península Ibérica, sendo mais rara a sua presença no SO da França e NO
de Itália, esporadicamente pode ainda ser observada na Bélgica, Suíça, Holanda
e Alemanha.
Foto de Abrandino Ledesma
Nos mamíferos, a cor da
pelagem, pele e olhos é resultado da quantidade de melanina sintetizada. Esta
pigmentação surge a partir da síntese de melanina que é catalisada através da
enzima denominada de tirosinase que se encontra nos melanócitos. Deste modo, as
mutações que afetam a biossíntese de melanina podem ter um impacto grande num
individuo, podendo mesmo ser sobre a pigmentação da retina dos olhos. A mutação
mais comum é o albinismo, que resulta na perda da função oxidativa da
tirosinase, provocando um fenótipo branco com olhos vermelhos, quando o
fenótipo branco não é acompanhado pela coloração vermelha dos olhos os animais
são designados de leucismo em vez de
albino. Contudo, os casos de melanismo também podem ser frequentes, dado
mesmo origem a espécies específicas, como é o caso da pantera que derivou do
fenótipo melânico do jaguar.
Foto de Luís Moreira
Os casos de melanismo
em ginetas são localizados (embora não sejam assim tão raros quanto se pensa) e
sobretudo na Península Ibérica e o facto de nunca ter sido observado caso de
melanismo em gineta na sua área nativa de distribuição, tem levado a crer que o
melanismo nesta espécie esteja associado à consanguinidade devido à reduzida
população fundadora introduzida na europa.
Alguns casos de
melanismo em gineta foram registados no Norte de Portugal. Para quem tiver
curiosidade em ler o artigo pode descarrega-lo AQUI.
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