sábado, 30 de abril de 2011

Hyla arborea Vs Hyla meridionalis

Ontem enquanto passava por uma zona húmida, ouvi o coaxar de uma rela-comum, como não via nenhuma já algum tempo, parei e despendi 5 minutos a tentar descobrir onde se encontrava, e lá estava ela no meio dos juncos.

A família Hylidae está representada na Península Ibérica por duas espécies do género Hyla, a rela-comum (Hyla arborea) e rela-meridional (Hyla meridionalis). São duas espécies morfologicamente muito idênticas e têm um comportamento muito semelhante. Face às suas preferências de habitat semelhante, estas duas espécies apresentam uma grande zona de simpatria.

Hyla arborea é uma rã de aspecto frágil, facilmente identificável pela banda negra lateral que percorre todo o corpo desde as narinas à região inguinal.

 Foto de Hyla arborea, promenor da banda escura.
 Foto de Hyla arborea
 Foto de Hyla arborea
 Foto de Hyla arborea, pormenor do reduzido tamanho que esta espécie pode ter.

Hyla meridionalis assemelha-se à congénere Hyla arborea, mas geralmente são mais robustas e a sua banda lateral escura chega apenas à região axilar.

Foto de Hyla meridionalis, pormenor da banda escura

 Foto de Hyla meridionalis 
 
 Foto de Hyla meridionalis 
 Foto de Hyla meridionalis 
Uma das características sociais mais importantes nos anuros, é a sua comunicação acústica, contudo, este é um dos comportamentos mais exigente em termos energéticos para estes animais.
As vocalizações deste género começam geralmente logo ao pôr-do-sol e podem prolongar-se por várias horas organizados em grandes coros.
Os machos vocalizam usualmente dentro da água, ficando meio submersos, ou posicionando-se em plantas aquáticas (principalmente a Hyla arborea). As fêmeas são atraídas pelas vocalizações, dirigindo-se até um determinado macho, que seleccionada através do tipo de chamamento.
Ao contrário das Hylas arborea, que podemos observar vários machos juntos a emitir vocalizações, os machos de Hyla meridionalis mostram um comportamento territorial durante o chamamento, normalmente mantêm a distância de um metro entre si.

3 comentários:

Rafael Moreira disse...

esta rela tem-me fascinado mas apesar de já a ter procurado por estes lados ainda não a encontrei.
será que me podem dizer a zona destes registo?
conhecem alguma zona para os lados da serra de montemuro onde ocorram estas relas?
obrigada e parabéns pelo vosso trabalho.

Paulo Barros disse...

Olá Rafael,

Este registo é da Campeã (Vila Real).
No Montemuro, tens um sítio muito bom para observar Rela, alias um dos locais com maior densidade de Rela que conheço, que é a turfeita do Rio Balsemão, junto à aldeia de Cotelo, aí poderás observar sem dificuldade Relas. Terás que procurar nas imediações das charcas (no meios dos juncais e ericas) que estão distribuídas ao longo da turfeira.
Obrigado por visitares o nosso blog.

Rafael Moreira disse...

:) Olá Paulo.
Desde já obrigada pela resposta, que apesar de ter sido em pouco de uma hora eu só hoje é que a vi :)
Entretanto depois de algumas saídas de campo pela serra descobri a zona do rio que referiste e logo reparei que se não houvesse relas naquele local não as descobria em mais nenhum local da serra e eu não era o único que as procurava, tb la andava uma garça real a comer algumas....
Obrigada e bom trabalho.
se poder ajudar em algo rafamoreira@sapo.pt

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