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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Apontamentos fugazes - euryale Vs mehelyi


A mascara mais escura à volta dos olhos é moralmente mais evidente no Rhinolophus mehelyi do que no Rhinolophus euryale, mas esta não é uma característica identificativa distintiva.
Assim, a melhor forma para distinguirmos esta duas espécies através de carateres morfológicos, é olharmos para o processo conetivo e os olhos, além da posição dos olhos e a forma da lanceta quando vistos frontalmente, uma das característica mais evidente é o processo conetivo.
O Rhinolophus euryale, quando visto lateralmente, a parte superior do processo conetivo é pontiagudo e ligeiramente curvado para baixo, enquanto que o do R. mehelyi e é mais direito, não tão pontiagudo e mais curto que o do R. euryale.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Atividade de morcegos no Inverno

Foi recentemente publicado um artigo sobre actividade de quirópteros no Inverno, intitulado “Winter activity of bats in Mediterranean peri-urban deciduous forests”, do qual deixo aqui o resumo



Resumo:
“Embora os quirópteros da família dos Vespertilionidae hibernem durante o inverno para minimizar o gasto de energia nos meses mais frios, nas regiões temperadas as interrupções no torpor podem ser bastante frequentes. O objetivo do nosso estudo, foi realizar uma caracterização preliminar dos padrões de atividade de quirópteros durante o Inverno em florestas de folhosas periurbanas mediterrâneas do Norte de Portugal. A atividade de quirópteros foi registada entre Novembro e Fevereiro e a deteção de pulsos de navegação de morcegos foi regularmente detectada nas noites mais quentes, com temperaturas acima de 4,6 ° C, nos meses de novembro (89,9%), dezembro (3,7%) e fevereiro (6.4%) e sem atividade detectada em janeiro. As espécies mais registradas foram Pipistrellus pygmaeus, P. pipistrellus e P. kuhlii.A atividade de socialização concentrou-se principalmente em novembro (96,8%), raramente em fevereiro (3,2%) e ausente em dezembro e janeiro. Em relação ao melhor modelo, obtido pelo método do Modelo Múltiplo de Inferência (MMI) para explicar a variação das passagens de morcego, os principais fatores que influenciaram positivamente foram o período noturno da monitorização e a temperatura, com influência negativa, a precipitação registrada nas 48 horas antecedentes à monitorização revelou ser significativa. Relativamente à actividade de socialização, as variáveis que demostraram ter influências positivas significativa foram: a humidade, temperatura e velocidade do vento e com influência negativa, a precipitação registrada nas 48 horas antecedentes à monitorização. Os resultados deste estudo aportam uma base preliminar promissora para os estudos de atividade de quirópteros na época de hibernação, demonstrando que as condições meteorológicas atuais e as que prevaleceram nas últimas 48 horas podem desempenhar um papel importante na interrupção de torpor dos quirópteros.Com a finalidade de melhorar a conservação deste grupo faunístico, deverão ser desenvolvidos esforços na investigação acústica de inverno para uma compreensão completa dos padrões de atividade de morcegos, com objectivo de enfrentam os potenciais impactos das alterações climáticas globais que se espera que ocorram na região do Mediterrânica.”


Quem estiver mais interessado pode descarregar e ler o artigo completo AQUI

sábado, 25 de novembro de 2017

Entrevista sem filtro: Barbastella barbastellus

Em poucas palavras como é que se descreveria?
Onde é que mora?


Qual sua comida favorita?

Como é sua vida familiar?

Você está ameaçado ou ameaçado por alguma coisa?

Qual é a melhor coisa mais interessante sobre você?

terça-feira, 13 de junho de 2017

Mães & crias

Myotis myotis fêmea com cria recém nascida debaixo do patágio

O fator que mais influencia o ciclo reprodutivo dos morcegos são as condições meteorológicas, diretamente essências para o desenvolvimento mais rápido das crias e na disponibilidade de presas durantes a gestação, de modo a garantir um desenvolvimento adequado do embrião. Para tal, os morcegos nas zonas temperadas dão à luz durante o período de final de Primavera e Verão.
Duas fêmeas de Rhinolophus ferrumequinum com uma cria cada 

3 crias de Rhinolophus ferrumequinum

As fêmeas de morcego desenvolveram uma característica fisiológica, de modo a sincronizar o desenvolvimento embrionário e das crias com a maior disponibilidade de alimento. Embora as cópulas sejam realizadas no final do Verão início de Outono, elas têm a capacidade de atrasar a fertilização, armazenado o esperma ou atrasando a implantação do ovo no útero.
Colónia mista de criação de Myotis emarginatus e Rhinolophus ferrumequinum e hipposideros

Normalmente as crias de morcegos nascem relativamente indefesas, contudo o seu tamanho é relativamente grande, quando comparados com outros mamíferos, já que podem nascer como 1/5 a 1/3 do tamanho das mães. Os primeiros dias de vida das crias são passados agarrados à mãe, e ao contrário dos humanos e da maioria dos outros mamíferos, nascem já com dentes.
Fêmea e cria de Rhinolophus hipposideros

As crias de morcegos têm um desenvolvimento muito rápido e ao fim dois meses estão totalmente emancipados.
Pequena colónia de criação de Rhinolophus hipposideros

sábado, 25 de março de 2017

Tempo de mudar de casa

Rede e dinâmica de uma colónia de Miniopterus schreibersii

Contrariamente às aves que fazem migrações de longa distância, as migrações dos morcegos são mais curtas e na sua maioria de âmbito regional, restringindo-se essencialmente a migrações entre os abrigos de hibernação, que oferecem condições propícias para hibernar (temperatura humidade) e os de criação, que por norma são mais ricos em recursos tróficos. Assim a localização dos abrigos não é definida pela sua localização (norte ou sul)., mas sim, pelas condições internas e a sua envolvente, deste modo podemos observar rotas de migração de várias direções.Um dos casos de migração regional mais bem estudados é o Miniopterus schreibersii, uma espécie tipicamente cavernícola e de voo rápido (50-60Km/h), a migração mais longa registada na Europa é de 550 Km e de 240 Km para Portugal. Esta espécie, no final do Inverno e início da Primavera, começa a realizar as suas migrações para os abrigos temporários e/ou satélites (também designados de abrigos equinociais) onde passam um curto tempo (2-15 dias), e de onde empreenderão viagem para os abrigos de criação. Estes abrigos satélites são abrigos, onde os recursos tróficos abundam e tem como principal objetivos, a recuperação da condição corporal perdida durante o período de hibernação e a segregação sexual da colónia, que nesta espécie é mais ou menos marcada espacial e temporalmente.
Colonia de Miniopterus schreibersii em hibernação

Os machos deixam os abrigos tendencialmente de mais tarde dos que as fêmeas. Alguns autores descrevem esta conduta como um comportamento adaptativo, tendo como objetivo reduzir a competição interespecífica pelos recursos alimentares na primavera, quando as necessidades energéticas são maiores para as fêmeas que se encontram prenhes, outros autores defendem que este comportamento se deve à necessidade das fêmeas em se deslocarem para abrigos mais quentes de modo a iniciarem o desenvolvimento embrionário mais rapidamente.
Macho de Miniopterus schreibersii anilhado 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017