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sábado, 27 de outubro de 2018

Atlas dos morcegos de Portugal online

O projeto Atlas dos morcegos de Portugal continental surgiu com o objetivo global de fazer uma atualização desta informação, tendo como objetivos específicos: (1) Cartografar a atual distribuição das espécies de morcegos em Portugal continental; (2) Alimentar uma base de dados georeferenciada que permita um acesso fácil e generalizado à informação; (3) Descrever padrões de riqueza específica de quirópteros e (4) Disponibilizar informação para investigação, planeamento e gestão aplicados à conservação de morcegos.
A concretização destes objetivos resultou de um grande esforço coletivo, que se valoriza e que se pretende que continue no futuro. Só assim se conseguirá fazer face à constante necessidade de ajuste e atualização da informação deste Atlas, particularmente para as espécies que são difíceis de identificar ou que serão sujeitas a revisões taxonómicas.
O Atlas foi publicado em papel em 2013 e o ICNF disponibilizou agora a versão digital do documento, que pode ser visualizado ou descarregada clicando encima da foto. 


Para facilitar a busca de informação por espécie, foram também disponibilizadas as páginas relativas a cada umas espécie que podem ser visualizadas ou descarregadas, clicando sobre cada uma da fotos.
Rhinolophus ferrumequinum, Morcego-de-ferradura-grande

Rhinolophus hipposideros, Morcego-de-ferradura-pequeno

Rhinolophus mehelyi, Morcego-de-ferradura-mourisco


Rhinolophus euryale, Morcego-de-ferradura-mediterrânico

Myotis myotis, Morcego-rato-grande

Myotis blythii, Morcego-rato-pequeno

Myotis escalerai, Morcego-de-franja do Sul

Myotis emarginatus,Morcego-lanudo

Myotis mystacinus, Morcego-de-bigodes

Myotis bechsteinii, Morcego de Bechstein

Myotis daubentonii, Morcego-de-água

Pipistrellus pipistrellus, Morcego-anão

Pipistrellus pygmaeus, Morcego-pigmeu

Pipistrellus kuhlii, Morcego de Kuhl

Hypsugo savii, Morcego de Savii

Eptesicus serotinus, Morcego-hortelão-escuro

Eptesicus isabellinus, Morcego-hortelão-claro

Nyctalus noctula, Morcego-arborícola-grande

Nyctalus lasiopterus, Morcego-arborícola-gigante

Nyctalus leisleri, Morcego-arborícola-pequeno

Plecotus austriacus, Morcego-orelhudo-cinzento

Plecotus auritus, Morcego-orelhudo-castanho

Barbastella barbastellus, Morcego-negro

Miniopterus schreibersii, Morcego-de-peluche

Tadarida teniotis, Morcego-rabudo



quinta-feira, 21 de junho de 2018

Apontamentos fugazes: morcego-rabudo (Tadaria teniotis)


O morcego-rabudo (Tadaria teniotis) é uma espécie de distribuição Paleártica, comum em toda a área mediterrânica, em particular em Portugal, Espanha, toda a franga do sul da Europa até aos Balcãs, Turquia, Israel, Palestina e Jordânia. No norte da África, a sua presença é confirmada em Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito. Em Portugal, em áreas de habitat adequado é uma espécie relativamente comum. As suas colónias são muito variáveis, podendo ser de poucos indivíduos até algumas centenas. É uma espécie eminentemente sedentária mas de grande mobilidade circadiana, que se alimenta em espaços abertos, a várias dezenas ou mesmo centenas de metros acima do solo, sobre espaços temperados e/ou semi-áridos, assim como zonas húmida (e.g. por cima de grandes massa de água), onde caça espécies á deriva ou levadas por massa de ar, em particular lepidópteros.
Poderão saber mais detalhes sobre esta espécie AQUI

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Machos em época de reprodução

A localização dos testículos dos morcegos varia entre famílias. De um modo geral nos vespertilionidae, os testículos descem quando nascem e situam-se abaixo do pénis, já nos rhinolophidae os testículos e o pênis estão localizados ligeiramente mais acima no baixo-ventre.
A atividade espermatogênica da maior parte dos morcegos tem o seu pico no final do verão e início do outono (época de swarming), nesta altura a maturação e ativação dos espermatozoides é realizada nos epidídimos. Deste modo, o estado reprodutivo pode ser avaliado pela inspeção visual dos testículos e dos epidídimos. Durante a espermatogénese (produção de espermatozoides) os tamanho dos testículos aumenta consideravelmente, os quais vão libertando os espermatozoides para os epidídimos, provocando uma diminuição dos testículos e aumentos dos epidídimos.

A) Representa a condição inativa de reprodução (março-junho); B) representa a etapa de espermatogéneses completa (julho-agosto); C) representa a condição dos indivíduos em período de acasalamento e por consequente têm os espermatozoides maduros armazenados s na cauda dos epidídimos (adaptado de Tobón, 2010)

Deste modo, o estado reprodutivo dos morcegos machos, caracterizam-se através de quatro parâmetros:
Tamanho dos testículos:
1 - Não inchados
2 - Pouco inchados
3 - Intermediamente inchados
4 - Inchaço evidente
5 - Inchaço muito evidente
 Cor dos epidídimos:
1 - Muito claros
2 - Claros
3 - Intermédios
4 - Escuro
5 - Muitos escuros
 Tamanho dos epidídimos:
1 - Ausente
2 - Pequenos
3 - Intermédio
4 - Grandes (quase completamente descidos)
5 – Muito grandes (completamente descidos)
 Conteúdo dos epidídimos:
1 - Vazios
2 - Quase vazios
3 – Intermédios
4 – Arredondados e quase cheios
5 – Muito arredondados e totalmente cheios


Estado reprodutivo de Myotis emarginatus: tamanho dos testículos - 1, cor dos epidídimos - 4;  tamanho dos epidídimos- 5 e conteúdo dos epidídimos - 5. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Myotis escalerai Vs Myotis spA


Na Península Ibérica ocorrem exemplares de duas (Myotis escalerai e spA) das quatro linhagens (Myotis nattereri, escalerai, spA e spB) do complexo críptico Myotis nattereri. O Myotis escalerai está presente em toda a península, enquanto que o Myotis spA está limitado a áreas Setentrionais até ao Norte da Extremadura pelo Ocidente até á Catalunha na costa Oriental.
Embora a identificação genética seja simples e inequívoca, morfologicamente distinguir estas duas espécies requere uma observação atenta de certas características, nomeadamente a franja de pelos na margem do uropatágio e a posição e ângulo de inserção do patágio na pata.

Pormenor da franja de pelos do Myotis escalerai

Pormenor da franja de pelos do Myotis spA

A franja de pelos ventrais interna nos Myotis escalerai apresenta pelos mais longos, mais densos e maioritariamente direcionados para o corpo do animal e o patágio insere-se no tornozelo com um forma circular enquanto que no spA o patágio insere-se na base do dedo formando um ângulo reto.

Pormenor da inserção do patágio na pata do Myotis escalerai

Pormenor da inserção do patágio na pata do Myotis spA


domingo, 28 de junho de 2015

Pormenores: apontamento II

Mo seguimento deste post, deixo aqui outro pormenor.

Quando identificamos morcegos morfologicamente (e em muitos outros grupos faunísticos), as vezes, é necessário recorre-mos a pormenores. O caso dos Plecotus é um deles, quando se trata de um macho, umas das características que nos pode ajudar na sua identificação é a forma do seu pénis. O pénis dos Plecotus de uma forma geral é grosso e no caso do Plecotus austriacus, é arredondada no seu extremo (▲) em quanto que no Plecotus auritus é mais fino na extremidade (▼).
Pormenor do pénis de um Plecotus austriacus