
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
'Põe ovos', voa e não tem penas....

domingo, 11 de setembro de 2011
Agora é a vez delas!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O que se pode fazer aos fins-de-semana!
quarta-feira, 14 de julho de 2010
O mundo das libelinhas
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Trithemis annulata
Introdução:
A primeira vez que capturei esta espécie foi uma fêmea imatura, a qual me deu enorme “luta” na identificação, justamente por ser a minha primeira observação. Além disso tive a sorte de ser um espécime imaturo…é uma sorte encontrar bichos que nos façam reflectir! Após uns bons 45 minutos e depois de já ter excluído todas as espécies do género Sympetrum que estavam referenciadas para o local…Sim, para mim este indivíduo tinha toda a aparência de ser um Sympetrum, só que possuía certas características que não batiam certo…Não tinha chegado a conclusão nenhuma e decidi tirar umas fotos para alguém me ajudar. No preciso momento em que estava a recolher os guias, um deles abriu-se na página da Trethemis annula! Tinha excluído completamente a possibilidade de ser esta espécie, uma vez que não estava referenciada para a região e afinal…era mesmo uma Trithemis annulata!
A Trithemis annulata é uma espécie da Família das Libellulidae, tipicamente africana presente em Países como Argélia, Angola, Camarões, Congo Egipto, Guiné, Gana, Quénia, Senegal, Serra Leoa, África do sul ou Tanzânia, encontra-se em expansão na Península Ibérica com uma distribuição cada vez mais Setentrional, assim como em alguns Países banhados pelo Mediterrânico tais como Malta e Itália onde foi recentemente referenciada a sua presença e reprodução.
Habitat:
Os machos preferem pousar em cima de pedras ao sol e em árvores e vegetação quando o sol é encoberto por nuvens. Esta espécie pode encontrar-se num leque variado de corpos de água, mas prefere sobretudo cursos de água estagnada, bastante soalheiros, como lagoas e lagos sem grande vegetação marginal, em regiões semi-áridas. É uma espécie localmente comum mas não abundante.
Descrição:
A coloração geral púrpura dos machos coloca esta espécie numa das mais bonitas ocorrentes em Portugal Continental. Esta coloração não deixa dúvidas aquando da sua identificação, e além disso possui rosto, olhos, segmentos S8-10 e veias das asas vermelhas e uma mancha âmbar na base das asas posteriores. A fêmea tem o ventre amarelo e tórax branco-amarelado marcados com fortes linhas pretas, a mancha âmbar na base das asas posteriores também está presente na fêmea. Ambos os sexos têm manchas pretas nos segmentos abdominais 8 e 9.
Estatuto de conservação:
De acordo com a UICN esta espécie é classificada como “Least Concern”.
Curiosidade:
Uma das características desta espécie, que nos pode ajudar na sua identificação, é a sua postura. Muitas vezes, em especial nos dias de maior insolação, tem uma posição "obelisco" de forma a reduzir a superfície em contacto com a luz do sol, controlando assim a temperatura corporal.
Muito embora os mais recentes guias de campo deste grupo faunístico (Askew, 2004; Dijkstra & Lewington, 2006), mencionem a presença desta espécie apenas para o Centro e Sul de Portugal, existem observações desta espécie na Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo (quadrícula 10×10km PG70), Sítio Rio Sabor e Maçãs (quadrícula 10×10km PF87 e PF88) e no Rio Tua (quadrícula 10×10km PF37) (dados inéditos de Paulo Barros e Pedro Moreira).
Referências e sites:
Askew, R. R. (2004). The dragonflies of Europe. Harley Books. Colchester.
Dijkstra, K. D. B., Lewington, R. (2006). Field guide to the Dragonflies of Britain and Europe. British Wildlife Publishing.
Grupo de Estudo dos Odonatas da Catalunha